

EUA sanciona o Sudão pelo suposto uso de armas químicas
Os Estados Unidos impuseram sanções contra o governo do Sudão pelo suposto uso de armas químicas contra paramilitares, segundo documentos oficiais.
Em maio, o Departamento de Estado americano havia acusado o Sudão de ter usado armas químicas em 2024, sem detalhar a data exata ou o local do suposto uso, e instou o governo de Cartum a "parar de recorrer a elas".
O Sudão está mergulhado, desde abril de 2023, em uma violenta disputa de poder entre o general Abdel Fatah al Burhan, comandante do exército, e seu antigo subordinado, Mohamed Hamdan Daglo, líder das Forças de Apoio Rápido (FAR), um grupo paramilitar.
Em janeiro, o jornal The New York Times noticiou que o exército sudanês havia usado armas químicas em pelo menos duas ocasiões em sua luta contra as FAR.
Cartum negou o uso deste tipo de armamento.
Em um aviso oficial datado da sexta-feira (27), o Departamento de Estado confirmou a entrada em vigor das sanções americanas, que excluem a ajuda humanitária urgente e produtos agrícolas.
Segundo este documento, as medidas implicam a suspensão de qualquer venda de armas ao governo sudanês, a negativa de uma linha de crédito e a exportação de tecnologia avançada.
Na prática, o efeito das sanções será limitado, visto que tanto Fatah al Burhan quanto Hamdan Daglo já são sujeitos a sanções americanas.
Dezenas de milhares de pessoas morreram na guerra no Sudão e 13 milhões foram deslocadas. As Nações Unidas consideram a situação no país como a "pior crise humanitária" da atualidade.
O.P.Olivares--GBA